Memórias de Erros

Num flash momentâneo vejo os erros que cometi...sinto onde falhei...onde não fui capaz de ser eu... A vida dos comuns mortais é repleta de erros, e eu como mortal que sou sigo esse ritual. Mas são tantos os erros que podiam ser hoje o nosso maior orgulho...porque terei eu agido mal?

Tudo é um enigma...o porquê e o porque não, "infernizam-nos" os dias...de todas as certezas que conheço apenas tenho uma...a certeza de que não tenho praticamente nenhuma certeza.

Assim os erros vão-se acumulando e enraizando em nós como um hábito, cravando-se em cada fragmento meu, cegando-me com memórias de erros que no momento seriam nada mais que simples acontecimentos, e que hoje faria tudo para que as coisas não tivessem sido assim, pois tal como os erros o arrependimento também é parte do ser humano.

(Porque perdi tanto tempo?)

Procurar

A chuva vai esbracejando na vidraça
O frio apodera-se de mim
...
Sinto a tua falta
...
Faz-me falta o teu calor
O teu amor
...
A chuva continua o seu ritual
...
Mais uma vez apercebo-me que não te tenho
...
Decido sair
Vaguear por entre a chuva e o vento
Quero procurar-te
Beijar-te
Amar-te
...
Grito em tom mudo
O que sinto
O que pretendo
...
A tempestade leva e espalha
Os meus inúteis apelos
Pois por mais que corra
Por mais que procure
Tu teimas em não vir
...
Se a chuva te levasse também...